Já não escolho a mão que a mim acena
e, dos sorrisos, guardo os meus mais ternos.
Vou embalar promessas nos invernos
e preferir o que me faz serena.
Não mais importam votos sempre eternos,
desejo apenas a penumbra amena,
a voz sincera, a cor que envolve a cena,
enquanto envio os riscos aos infernos.
A minha escolha não se crê mais certa;
apenas segue a luz da descoberta
de que não há saída boa, honrosa,
e só pretendo estar nesse jardim,
na vastidão das flores sendo enfim
apenas uma a mais; pequena rosa.
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