AMOR LIBERTO...
Qual fosse o soneto u’a antiga carta,
Escrito por completo, firme e certo,
Com palavras boas, de uma grafia farta,
Com respeito ao verbo, ao universo...
Como um papiro lá da Alexandria,
Que em muitas mãos de sorte das boas,
Abre-se à frente o que ali se escondia,
O som da lira leve que ao ar entoa,
Partitura feita úmida à plangência
Quando as notas a executam; se esfarela
O manuscrito, ao voltar à consciência,
A melodia ali grafada, suave e bela,
Aguardada ao amor... e abrir sua janela,
Para solto, voar ao céu em ascendência...