SONETO OUTONAL
O outono descamba para o fim.
O frio intenso fá-lo subalterno
ao vento, vagueando em torvelim,
prenunciando a possessão do inverno.
Um cinza-escuro, de color chinfrim,
assoma à noite no mirante eterno.
O céu troveja em tropo tamborim,
fazendo farto o seu festejo interno.
Perde o outono as folhas pelo chão.
Encharcadas, o vento coadjuva
desterrando-as de mais uma estação.
Escuto o canto temporal da chuva,
como se fora, em triste solidão,
um lamentoso pranto de viúva...
Odir, de passagem
O outono descamba para o fim.
O frio intenso fá-lo subalterno
ao vento, vagueando em torvelim,
prenunciando a possessão do inverno.
Um cinza-escuro, de color chinfrim,
assoma à noite no mirante eterno.
O céu troveja em tropo tamborim,
fazendo farto o seu festejo interno.
Perde o outono as folhas pelo chão.
Encharcadas, o vento coadjuva
desterrando-as de mais uma estação.
Escuto o canto temporal da chuva,
como se fora, em triste solidão,
um lamentoso pranto de viúva...
Odir, de passagem