Espectro
Vês? Esguia e silente sombra escura,
deslizando nos vãos da noite fria?
E que agora se encontra tão vazia,
carregando medonha e triste agrura?
Que padece e, refém de si, se amura?
Que morrendo se esvai em vil sangria?!
E que, insana de dor, de longe espia...
Vês? Esguia e dorida sombra escura?
E silente, padece, sem medida!
Desprovida de tudo! Quem diria?!
Uma sombra, que vaga! E foi teu sonho!
Um espectro que, enfim, sobrou da vida
jubilosa que, em ti, pulsara um dia,
simulacro de um tempo tão risonho!
Cuiabá, 9 de Junho de 2.009.
Sonetos Diversos, pg. 41
Vês? Esguia e silente sombra escura,
deslizando nos vãos da noite fria?
E que agora se encontra tão vazia,
carregando medonha e triste agrura?
Que padece e, refém de si, se amura?
Que morrendo se esvai em vil sangria?!
E que, insana de dor, de longe espia...
Vês? Esguia e dorida sombra escura?
E silente, padece, sem medida!
Desprovida de tudo! Quem diria?!
Uma sombra, que vaga! E foi teu sonho!
Um espectro que, enfim, sobrou da vida
jubilosa que, em ti, pulsara um dia,
simulacro de um tempo tão risonho!
Cuiabá, 9 de Junho de 2.009.
Sonetos Diversos, pg. 41