O MAR E A PEDRA

Eu sou o mar que entra em ti, ó pedra

E ficas muda sem gemer, com dor

Enfurecido rasgo-a toda e medras

Sem explicar direito o que é o amor

Em noite e dia é o vai-e-vem constante

Empurro firme o fluido em tua entranha

Jamais reclamas ou diz que é bastante

Ficas passiva e nem espuma estranhas

Assim percebo que o tempo passa

E te esfrangalho em pequenas lascas

Tu não respondes e a vida toda embaça

Se fico bravo, como em águas bascas

Torna-te areia, assim como se faça

E não percebes que desdobras cascas

O MAR E A PEDRA

Eu sou o mar que entra em ti, ó pedra

E ficas muda sem gemer, com dor

Enfurecido rasgo-a toda e medras

Sem explicar direito o que é o amor

Em noite e dia é o vai-e-vem constante

Empurro firme o fluido em tua entranha

Jamais reclamas ou diz que é bastante

Ficas passiva e nem espuma estranhas

Assim percebo que o tempo passa

E te esfrangalho em pequenas lascas

Tu não respondes e a vida toda embaça

Se fico bravo, como em águas bascas

Torna-te areia, assim como se faça

E não percebes que desdobras cascas

© Fernando Tanajura