Minha gula

Meu problema é o pudim,
aquele de leite moça,
inteirinho, só para mim,
é verdade, não é troça.

Se não tem gente na casa,
Eu corro e faço ligeiro,
pra meu pudim não ter asa...
Pra poder come-lo inteiro!

Não é que eu seja gulosa,
ou também mal educada!
Ele que é muito gostoso!

Brotou no céu cor-de-rosa,
da minha boca danada,
Esse frenesi tinhoso!

***
Não divido meu pudim,
com minguém e nem contigo!
Não faças comigo assim
pois corres grande perigo!

Fico uma arara bem braba,
meus cabelos ficam em pé,
rolo no chão, solto baba...
Tu queres ver como é?

É melhor ficar distante,
passando muita vontade,
do que morrer nesse instante...
porque vou fazer alarde!
 GrinGrinGrinGrinGrinGrinGrinGrinGrin

Xôu! Deixa meu oudim em paz!

***
Voce sumiu... Tá cum medo?
não prexisa ser assim
amanhã de manhã cedo
vou lhe fazer um pudim!!!!

Tres ovos e leite moça
e outro tanto de vaca,
voce sabe, não se adoça
senão ele vira nhaca!

No liquidificador
voce bate bem batido
para acabar com o odor
do ovo, que é fedido!

E depois põe para assar
em forma caramelada...
Não precisa se estressar,
e fica quieta, calada!

Quando o pudim ficar pronto,
você não chama ninguém
pra num ter muito confronto,
não dividi-lo com alguém...
 GrinGrinGrinGrinGrinGrinGrinGrinGrinGrin
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 08/06/2009
Reeditado em 11/06/2009
Código do texto: T1638840
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