Alter Ego

Hoje sou uma enfeitiçada que caça

Em conluio com o meu próprio matador

Porque não fujo desta perene Dor?

Descarada que tanto me desgraça.

Também sou a estação tão lassa

Do meu cômodo e triste aniquilador

Na muda voz que espera o débil amor

Trazido em cinzas na última taça.

A poetisa da mesma inquietação

Verve em desespero no coração

Dos sabores sou a parte mais amarga.

Das feridas sou a cancro que não sangra

Nos pontos extremos de uma obscura angra

No improvável laço que tanto esmaga.

AGRIPINA

Agripina
Enviado por Agripina em 08/06/2009
Reeditado em 08/06/2009
Código do texto: T1638498
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.