O MEDALHÃO

Não sei porque eu fico impaciente ao vê-la,
De costas nuas, neste atraente medalhão.
Volta em minha mente toda àquela paixão,
Que você me desperta mesmo que, sem tê-la...

Sei ainda amo seus longos e negros cabelos,
Que enlaçados pela fita azul do atrevimento,
Parecem deixar bem longe o meu pensamento,
Como se fosse mais, um atormentado pesadelo.

Nunca esqueço de sua silhueta de real beleza,
Incrustada neste ramalhete de rosas vermelhas,
Que denota o seu nobre porte de toda a realeza.

Mais do que, a uma deusa, você se assemelha,
Por toda sua graça e postura a uma princesa,
Que em Veneza brilha mais que uma centelha.

Marco Orsi 07.06.2009