As palavras
 
 
Dos meus versos, as palavras
como as flores da aspersão,
cairão em tantas lavras
e nem sei se vingarão.
 
Mas elas, sei, não são minhas,
provêm do mar da memória,
viçam nos versos, modinhas,
são carregadas de história.
 
São leves folhas de outono,
voam nas asas de Crono,
Senhor do tempo, das  Eras!
 
Minhas palavras são veras,
mas minhas não são, deveras
as palavras não têm dono.


POL, 07/06/2009
Mote: Juliana Castelar
"Por vezes sinto que tão belas palavras não são minhas.
Mas se elas não são minhas? De onde elas vêm então?"
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 07/06/2009
Reeditado em 23/03/2017
Código do texto: T1636897
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