Duas versões.
Tudo nesta vida tem duas versões, tem o outro lado.
O outro lado da rua por onde o meu amor passava.
E com o seu sorriso largo de mim esnobava.
E caminhando em passos largos de mim se afastava.
O outro lado da calçada onde sentada ficava a menina acanhada.
Chorando suas magoas do sonho que tivera de um dia ser amada.
Pobre menina que sonhava com um lindo amor de contos de fadas.
O outro lado da moeda com a qual a romântica poetisa lança a sua sorte.
Do amor tigrino, brejeiro, traiçoeiro amor de vida e de morte.
Amor que encanta e derrama lágrimas tantas em um simples repente.
Amor inocente que mexe e revira a vida da gente.
O outro lado da história onde cada um tem sua versão.
E inspira o cancioneiro a compor a sua mais linda canção.
Nem sempre de amor, às vezes só mostra a dor de uma grande solidão.