Um menino e a flor
Bateram no portão. Era um menino.
Vendia flores. Não eram rosas. Porém
Meus olhos presos ao corpo franzino
Oraram nos lírios simples: ”Amém!”
Havia nele um quê de felicidade
Tal se brincasse com pipa ou balão.
Avivou um sorriso, flores na mão:
_Compra, senhora! Faz essa bondade!
Uma flor! Um menino! _Ó, meu Deus!
Aquele garoto em meu portão abria
Uma nova vida em meu triste dia
Os pequenos olhos rindo nos meus
Encheram meu coração do puro amor.
_Louvo-Te! Surgiu em meu céu uma flor!