Pulsações
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Tu silenciaste um coração que chora.
Eu não preciso derramar agora
Nenhuma lágrima cadente, trêmula,
Que flui, pesada, devastando tudo.
És para mim o absurdo toque etéreo
D’uma sã vida livre do mistério
Mal revelado aqui bem dentro – dói!
Sou vida viva que edifica, ‘ói!’
Perdi nosso último banquete, e daí?
A dor que sentes eu também sinto: ‘ai!’
Que dor dormente, corpo ardente... Amor.
Por amar tanto, caí! Meu pranto é cômico.
Ele sufoca meu gemido agônico,
Desfibrilando toda artéria insana.
Nijair Araújo Pinto
Juazeiro do Norte-CE, 05 de junho de 2009.
10h44min