A CAMA REAL É UM PAPELÃO

A CAMA REAL É UM PAPELÃO

Sonia Barbosa Baptista

(Soneto)

Fino cobertor que deixa o frio entrar

Esfria o corpo impele a sentir mal

De olhos fechados o jeito é tentar

Imaginar que um edredom de casal

Vai abranger toda aquela cama real

E finalmente o corpo todo esquentar

Fazer o frio sumir sem dar um sinal

Dormir bem quente até a hora de acordar

Mas o frio não é sonho, é realidade

Quando intenso ataca a respiração

Para esquentar depende da caridade

O infeliz que urra de frio sem colchão

Mais parece bicho na calçada da cidade

Sua cama quente ou fria é um papelão.

05/06/2009

Sonia Barbosa Baptista
Enviado por Sonia Barbosa Baptista em 05/06/2009
Reeditado em 07/06/2009
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