APOSTA INFAME

No ponto, o ônibus que não chega.

No bar, um velho que me olha.

"Me olha" com se fosse a sua “nêga” .

Na boca, a escorrer, a baba molha.

O único dente, na parte inferior.

Que o sorriso infame revela.

Bem como o cheiro de álcool no seu interior.

Desprezível. Como um vilão de novela.

Não lhe dou confiança e decidida,

Olho-o de forma ríspida e me afasto.

Pensando: Se encostar, saio correndo...

O ônibus que chega e me salva a vida.

Cândida frase, ainda, ouvi do ser nefasto:

Se você apostar, eu te surpreendo!

DRAKKAR
Enviado por DRAKKAR em 05/06/2009
Código do texto: T1633080
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.