Não quero o seu amor
Não quero o seu amor, amesquinhado e triste,
Que me oferece sempre e que aos meus pés atira,
Não sei por que assim tão humilhado insiste
Em renovar a dor e sustentar mentira.
E aos seus nefastos ais meu coração resiste,
Para evitar a dor, que outrora já sentira...
Por preferir a luz, que na minh’alma existe
A esse louco amor, que cala a minha lira.
Segura, digo mais, eu necessito paz
Não quero pobre amor que silencia a vida,
Que é o meu voraz algoz, minha desdita, enfim.
Não quero o seu amor, que desventura traz,
E não insista mais, não vou lhe dar guarida,
E, por favor, se vá ! Não pense mais em mim!