Rio Cuiabá
Edir Pina de Barros
Oh! Cuiabá de outrora, portentoso,
por barcos e chalanas navegado,
tu eras forte, lindo e caudaloso,
e não silente rio amordaçado;
distante vai o tempo venturoso,
em que corrias livre, sossegado,
beijando os jacarés, tão majestoso,
sob esse céu azul, estrelejado.
Há poucos saranzais nas tuas beiras,
as terras não são mais dos pescadores,
não canta o passaredo nos pomares.
As turvas águas, antes tão ligeiras,
soluçam , sem cessar, as tuas dores
deixando só queixumes pelos ares.
Cuiabá, 3 de Junho de 2009.
Livro: Poesia das Águas, pg. 51
Edir Pina de Barros
Oh! Cuiabá de outrora, portentoso,
por barcos e chalanas navegado,
tu eras forte, lindo e caudaloso,
e não silente rio amordaçado;
distante vai o tempo venturoso,
em que corrias livre, sossegado,
beijando os jacarés, tão majestoso,
sob esse céu azul, estrelejado.
Há poucos saranzais nas tuas beiras,
as terras não são mais dos pescadores,
não canta o passaredo nos pomares.
As turvas águas, antes tão ligeiras,
soluçam , sem cessar, as tuas dores
deixando só queixumes pelos ares.
Cuiabá, 3 de Junho de 2009.
Livro: Poesia das Águas, pg. 51