Poema do amor finito
No teu semblante busco, inutilmente,
aquele doce lume de ternura,
o teu olhar repleto de candura,
cheio de estrelas, cálido e envolvente;
a procurar, eu sigo, simplesmente,
por entre os gestos teus, minha ventura,
aquele amor, tão prenhe de doçura,
que me juraste eterno, tão somente;
e nada encontro mais no teu olhar,
qual borboleta vaga pelos cantos,
e vai pousar bem longe, bem distante
e, feito a rosa murcha e a desfolhar,
perdeu o seu perfume, os seus encantos,
o teu olhar outrora suplicante.
No teu semblante busco, inutilmente,
aquele doce lume de ternura,
o teu olhar repleto de candura,
cheio de estrelas, cálido e envolvente;
a procurar, eu sigo, simplesmente,
por entre os gestos teus, minha ventura,
aquele amor, tão prenhe de doçura,
que me juraste eterno, tão somente;
e nada encontro mais no teu olhar,
qual borboleta vaga pelos cantos,
e vai pousar bem longe, bem distante
e, feito a rosa murcha e a desfolhar,
perdeu o seu perfume, os seus encantos,
o teu olhar outrora suplicante.