Poema do amor finito
 
No teu semblante busco, inutilmente,
aquele doce lume de ternura,
o teu olhar repleto de candura,
cheio de estrelas, cálido e envolvente;
 
a procurar, eu sigo, simplesmente,
por entre os gestos teus, minha ventura,
aquele amor, tão prenhe de doçura,
que me juraste eterno, tão somente;
 
e nada encontro mais no teu olhar,
qual borboleta vaga pelos cantos,
e vai pousar bem longe, bem distante
 
e, feito a rosa murcha e a desfolhar,
perdeu o seu perfume, os seus encantos,
o teu olhar  outrora suplicante.
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 03/06/2009
Reeditado em 17/12/2012
Código do texto: T1629432
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