Dança ao Luar
Brisa refrescante... Folhas outonais dispersas
Pinceladas de miríades de jazidas de diamantes
Braços me abraçam, olhos vêem cenário sem pressa
Silêncio n’alma e na sensibilidade dos amantes.
Ei-la que surge faceira na abóbada celeste impressa
Ilumina as constelações e os beijos, ó lua cativante.
Afasta as sombras num deleite despudorado que professa
Num romântico ritual coroando o encontro, estonteante.
Um casal... Uma valsa... Um bolero... Um tango ao luar
Vidas flutuando num palco soberbo de efêmeras ilusões
Dança inebriando os passos trêmulos da mente a sonhar...
Adentrando o Nirvana, paraíso celestial, o coração só sabe amar
Dentro do peito, a marca da doce promessa das paixões
Renascendo com perfume de vitória na quietude profana do olhar.