Soneto da despedida
Soneto da despedida
Há um começo, meio e fim... em cada vida
Tudo nasce, vive, e um dia vem a morrer...
É sempre triste quando na alma se vê falecer,
Um amor, entre tanta paixão escandecida...
Mas de tal forma que não adivinhaste a partida
Das tantas afeições que se foi sem vos deter,
E de tal forma, que não pode se quer socorrer...
As adversidades, que ao coração foste fundida.
Nada dura, nem mesmo o amor poderia durar.
Entre tantas desventuras num jogo ardente...
Duas mãos entre quatros não se podem amar!
Assim tão feridas se despedem agudamente,
E entre lágrimas de sal, despertam a chorar...
Pelo desamor, que na alma fere, entre a gente.
(Dolandmay)