OCASO

Enquanto o sol brilhar sobre o parnaso

Existirá poesia colorida

E não declinará ao triste acaso

O poema fatal da despedida.

Para o sopro vital não há descaso

Há sempre uma esperança prometida,

Como a rosa vermelha em rico vaso

Perfumando o ambiente em paz ungida.

Das nuvens uma lágrima descida

Pode ferir o peito por acaso!

Mas, o sol descambando em sua lida

Vai descansar no rubro e lindo ocaso.

Não temo o ocaso, ó Gênia tão querida,

Enquanto for você meu sol da vida.