CICLO DA VIDA
Deixa-me, pai, seguir o meu caminho,
Já não sou mais o filhote lá do mato,
Ou as aves que ainda vivem nos seus ninhos.
Eu tenho até cabelo no sovaco.
E se a rima pareceu dar cor ao vinho,
Ali pra quem já viu, cabelo é mato.
Um jovem sempre dá o seu jeitinho,
Pra que esse blablá de encher o saco?
Hoje eu vou sair, e vou sozinho,
Se a sorte me punir, eu pago o pato,
Mas vou tentar achar o meu caminho,
Chegou a minha vez e a minha hora,
Só fica em formigueiro as formiguinhas
Que a asa não cresceu pra ir embora.