Soneto de Sangue
Despertar no sangue rubro disfarce
Face em lampejo cai num finar tardio
O espelho parecia atinar o expirar frio
Que outra vez se perdia no vil impasse.
Partiu na aurora com sangue na face
Tingindo a tez de vermelho doentio
Numa letargia com máximo arrepio
Hades viria enfim num fútil enlace.
Púrpura e denso liquido na agonia
Lúgubre e tenaz tom deste vermelho
Que até no ar com seu odor em morta tirania.
Feições tristes que através do espelho
Num processo de abatimento morria
Sofrimento lancinante e vermelho.
Herr Doktor