Ora pro nobis
(Soneto da Misericórdia)


 Misericórdia! Já gritam os versos.
 Não mais podemos conter nossa ira!
 Eis, dizem basta pros textos dispersos.
 Que chegue aqui outro alguém e confira:

 A vastidão do rimar e de egressos
 Rouba do céu seus quinhões de safira
 Mas vejo os rastos assim bem impressos
 Antes que o arco, uma flecha desfira.

 E onde andarão os titãs inconfessos?
 Onde se escondem os veros escribas?
 Que dos neófitos vetam o excesso?

 Solto o lirismo e o vento suspira!
 Os sentimentos, enfim, são expressos...
 Que não se apague tal fogo da pira!


por
Diana Gonçalves, Edir Pina de Barros,
Elïscha Dewes, Nilza Azzi e
Ronaldo Rhusso

Oficina de Soneto, 18/05/2009

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 29/05/2009
Reeditado em 29/05/2009
Código do texto: T1620974
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