A NATUREZA CONTRA A NATUREZA
Corre o vendaval. O céu revolto.
As asas das colinas se eriçam.
Quebra, a força, o curral, As reses soltas
Pelos campos assustadas se atiçam.
Trava-se a luta, onde a brisa beija
As aves que nas frondes se abrigam,
Agarram-se em duelos inimigos
O vento e a paineira indefesa.
E tudo o que se vê é a mesma luta,
O prado inteiro em um campo de batalha.
E o vendaval feroz ali labuta,
E atira ao chão o tronco centenário.
E o homem tudo vê e sente a culpa,
Foi ele o causador desse calvário.