CONSTERNAÇÃO

      A inspiração já me padece,

      assim como se derrete a vela,
      não mais ilumina nem aquece,
      até a minha alma se gela.
 
      Não dói tanto aquela solidão
      de quando nós nos encontramos só,
      qual aquela em meio a multidão
      e da qual, até os cruéis sentem dó.
 
      Como virá qualquer inspiração,
      nesta tão intensa consternação,
      pra falar de amor e beleza?

     
Então só manifesto meu querer...
      poetas nunca parem de escrever,
      refletindo a alma da natureza.
                           SP - 27/05/09
Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 27/05/2009
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