AMOR FUTURO, SEM FINAL


Não foi excesso ou falta de carinho,
nem foi falha nativa ou cultural:
o nosso amor, cansado e tão velhinho!
teve morte tranquila e natural.

Ele se foi, e cada um, sozinho,
volta a cuidar do tempo atemporal,
mudar de rumo, refletir caminho,
cruzar limites entre o bem e o mal.

Beijar as flores, sem temer o espinho,
sonhar sorriso em sonho desigual,
voar liberto como um passarinho...

Fazer da vida um lindo carnaval,
de poeta brincar mais um tiquinho,
e crer no amor futuro, sem final!

Odir, de passagem