Amore langueo

Cresce a vontade, vaga na envoltura

Aparência de deidade, desejo e calvário

Não há alívio no amar desta criatura

Por uma deusa vou penando, o sacrário.

Nas brisas hostis um grande tormento

Quero confessar meu amor silente

Quero expirar falando, um atrevimento

No gesto grave uma morte contente.

Pretensão última da cansada espera

No afoito tempo da minha quimera

Pesadelo incomum que aqui se lança.

O poeta efêmero no amor alcança,

Na formosura de uma sagaz pantera

Que me tirou a vida e a esperança.

Rasputim

Rasputim
Enviado por Rasputim em 25/05/2009
Reeditado em 25/05/2009
Código do texto: T1614414
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