A MADRUGADA

EU me escondo, de noite, à luz do sol;

Quando dia, só fico à luz da lua.

Meu instante feliz é no arrebol,

Vez que passo a viver boêmia nua.

NO arrebol da manhã ou da tardinha,

Eu me dispo e me faço à revelia

Com vontade de tê-la para minha,

A mulher que jamais não me queria.

ELA vem, vaporosa, e que nem fada...

Alguém, talvez, matute quem que seja,

Pois recolhe meus sonhos e não dorme.

FAÇAM jogo, quem seja... A madrugada,

Esta fêmea, tão musa que viceja

Tanta paz, e nos põe um bem enorme!

Fort., 24/05/2009.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 24/05/2009
Código do texto: T1611942
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