O beijo que não te dei
Edir Pina de Barros

Tantas bocas eu beijei,
tantos prazeres eu tive,
e o beijo que não te dei
é o que pulsa e sobrevive.

Mudo, tristonho, calado
persiste nos lábios meus,
tão cálido e enamorado
desses olhos que são teus!

Esconde-se pelos cantos
no disfarce do sorriso,
no pranto que eu não chorei!

Guarda todos os encantos,
ainda é teu e indiviso,
o beijo que eu não te dei!
 
Cuiabá (MT), 24 de Maio de 2009.
 

Sonetos diversos, pg. 35
 
Doce e belíssimo soneto, este teu - O BEIJO QUE NÃO TE DEI. Daí o improviso:
 
"O beijo que não se dá,
Mas que beijo desejado,
 É beijo concreto, já,
 Bom de dá-lo e ser guardado".

Assim escreveu o poeta Gomes da Silveira, o João! Obrigada, querido!
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 24/05/2009
Reeditado em 19/08/2020
Código do texto: T1611673
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