QUEM SABE UM DIA - Soneto

Quem sabe um dia voltará mais bela

Tão bela e pura como a tumba fria

Fria de amores no luzente dia

A estrela errante que a minha alma vela

Vê-la em meus braços – infantil desejo

Desejo puro que em minha alma havia

Havia! Houve uma paixão que ardia:

O incinerado amor em seu despejo

Despejo o pranto e uma semente eu rego

Esperançoso sem razão ou pejo

Hei de vencer! Terei o que eu adejo!

Não caio à dor e essa verdade eu nego:

Que o amor seja eterno enquanto dure

A semente lançada sobre a terra.

Moses Adam

F.Vasconcelos.mq., 13.05.2009