ESCRAVO

ESCRAVO

De pouco a pouco em meu coração

Aparece uma nova figura,

Arrastando de mim, a ilusão

Para outra ilusão: - descompostura.

E eu sem ver, sem percebe-la, então

Conquistando com tanta brandura...

( Liberto-me d`uma escravidão,

Caindo-me em nova escravatura).

Meu Deus porque o amor é sempre assim?...

Acaba e começa – não tem fim.

Odiar, amar, sentir saudade...

Sem perceber vou envelhecendo

Junto com os seres que vão sorrindo

Ao verem minha infelicidade...

Brasília, 04 de junho de 1962.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 22/05/2009
Código do texto: T1607873
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