Nau errante (II)
 
A nau que vai ao léu, demais perdida,
em pleno mar revolto, muito forte,
distante vai sumindo sem ter norte,
sem rumo, vai singrando o mar, vencida.
 
Oh! Mar bravio! Nunca dás guarida
às naus que enfrentam sempre a própria sorte?
Oh! Frágil nau! No mar te aguarda a morte,
enquanto buscas sempre a própria vida.


 A cima o céu  escuro, tão nublado,
Abaixo p imenso mar, que está bravio,
onde flutuas só, abandonada.
 
Oh! Solitária nau! Que triste fado,
perder-se além, no mar longínquo e frio,
a se acabar, assim, abandonada.


 
 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 21/05/2009
Reeditado em 19/12/2012
Código do texto: T1607032
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