Crepúsculo interior

Na tarde calma o sol se pondo lento
E o vento assim uivante diz ao mar:
Ó mar, que tens mais força, não tens par,
mas és profundo e belo! Sempre bento!

Empurra pra bem longe intenso vento
A onda imensa e forte qual gigante...
E eis que vejo ao longe e bem distante,
A nau que singra, ao léu, o mar portento!

Tormento algum me fere a alma, agora
Que o mar enterra em belo e calmo canto,
O que restou dos sonhos meus de outrora...

E dentro d'alma sinto paz e encanto,
No mesmo tanto que essa noite fora
e que devora o escuro em acre espanto.

Escrito por:
Amargo, Diana Gonçalves,Edir Pina de Barros, Elisha Dewes e Paulo Camelo
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 21/05/2009
Código do texto: T1606651
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