Foste...Apenas...Foste
Foste honorável passaporte para a felicidade
Cálido, dulcíssimo e terno sonho idolatrado
Maestro regendo uma sonata com suavidade
No palco de minh’ vida em frias notas agasalhado.
Foste o projeto de mil palavras rabiscadas
Código sem requinte em lágrimas dançando
Misto de espinho de dores na fronte cravadas
Manhosa prosa como borboletas esvoaçando.
Foste o vicio literário num mundo paralelo em agito
Tentando unir Baco, deus grego do vinho, em estreita ponte
A Rá, deus do sol, divindade eterna do antigo Egito...
Foste o personagem gritante deste memorável conflito
Paradoxal filme de duas vidas, jorrando duma fonte
Agonizando e morrendo literalmente o amor que era mito.