Foste...Apenas...Foste

Foste honorável passaporte para a felicidade

Cálido, dulcíssimo e terno sonho idolatrado

Maestro regendo uma sonata com suavidade

No palco de minh’ vida em frias notas agasalhado.

Foste o projeto de mil palavras rabiscadas

Código sem requinte em lágrimas dançando

Misto de espinho de dores na fronte cravadas

Manhosa prosa como borboletas esvoaçando.

Foste o vicio literário num mundo paralelo em agito

Tentando unir Baco, deus grego do vinho, em estreita ponte

A Rá, deus do sol, divindade eterna do antigo Egito...

Foste o personagem gritante deste memorável conflito

Paradoxal filme de duas vidas, jorrando duma fonte

Agonizando e morrendo literalmente o amor que era mito.

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 20/05/2009
Código do texto: T1604944
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