*O TEMPO CORRE*
O tempo corre, eu me embrenho
Nos textos do curso apinhado
Papel voa daqui e me empenho
E meu poeta aqui bem do lado
Pego a caneta traço uns riscos
Na pressa o coração já cansado
Procura na aura de vento brando
Uma dose de amor mui arejado
Mesmo na tela que faz improviso
Rastejo a palavra do poeta raro
De um cordelista que do arquivo
Traz a mensagem de encanto caro
Envio pelo correio das emoções
Desculpe a trégua nestes rincões
Sogueira
Quem dera ter nas mãos; rédeas do tempo,
Pudesse ser além de um frágil grão,
Vencendo em calmaria; um contratempo,
Saber que o sofrimento é tolo e vão.
Nascer após as mortes que concebo
Vestir a fantasia e seguir solto,
Edulcorar o amargo que hoje bebo,
Navegar neste mar calmo ou revolto,
Sem mapa ou astrolábios; ir sem rumo,
Ignorar os percalços, fronte ereta,
Beber intensamente todo o sumo,
Ter alma libertária e ser poeta.
Quem dera; finalmente ser capaz
De em plena tempestade, ver a paz.
Marcos Loures
O tempo corre, eu me embrenho
Nos textos do curso apinhado
Papel voa daqui e me empenho
E meu poeta aqui bem do lado
Pego a caneta traço uns riscos
Na pressa o coração já cansado
Procura na aura de vento brando
Uma dose de amor mui arejado
Mesmo na tela que faz improviso
Rastejo a palavra do poeta raro
De um cordelista que do arquivo
Traz a mensagem de encanto caro
Envio pelo correio das emoções
Desculpe a trégua nestes rincões
Sogueira
Quem dera ter nas mãos; rédeas do tempo,
Pudesse ser além de um frágil grão,
Vencendo em calmaria; um contratempo,
Saber que o sofrimento é tolo e vão.
Nascer após as mortes que concebo
Vestir a fantasia e seguir solto,
Edulcorar o amargo que hoje bebo,
Navegar neste mar calmo ou revolto,
Sem mapa ou astrolábios; ir sem rumo,
Ignorar os percalços, fronte ereta,
Beber intensamente todo o sumo,
Ter alma libertária e ser poeta.
Quem dera; finalmente ser capaz
De em plena tempestade, ver a paz.
Marcos Loures