Soneto / Mesmo sendo eu assim.

Com tua aparência de sereia

Havia quem te reconhecia

Uns tinham de ti outra ideia

Outros sentiam mas não sabiam

Tenho-te como uma paixonheta

Fixa em nós como doação

De quem empresta sua lambretta

Em mim ficou o teu coração

Mas achar-te nem com candeia

Eu não teria de ti assim

Te amava nem fazes ideia

Eu era um jovem um pouco ruim

Muitas mulheres procuraram-me na aldeia

Mesmo sendo eu assim.

Copyright ©Alberto A. Manuel de Campos