A CRUZ DA ESTRADA
Na cruz da curva do caminho torto
Onde em paz dorme o morto,
As flores enramaram e floriram
E à tarde elas suspiram.
Deve ser a alma triste e abandonada
Que fica ali na estrada
A esperar seu amor, sua paixão,
Uma alma em solidão.
O tempo passa! A cruz já corroída
É o marco de uma vida
Que se desenrolou com tanto amor...
Hoje é saudade e dor.
E naquele caminho curvo e torto
Chora a alma desse morto.