Soneto da solidão
Vários sons quebram o silencio dessa noite
Em que a insônia toma conta do meu ser
O vento bate na janela qual açoite
E a solidão torna impossível o amanhecer
Pouco a pouco as lembranças vem chegando
Em meio a um burburinho ouço tua voz
Lá num canto os teus olhos me espreitando
E os fantasmas do passado entre nós
De que adianta um viver assim tão triste
Perdi o chão e a ilusão quando partiste
E só ficou essa dor que o peito clama
Se fosse só uma vez... mas de repente
É dia e noite o pensamento recorrente
Vislumbrando o teu vulto em nossa cama