BONÉ BRANCO

Debrucei minha alma...Ainda adormecida,

Sobre a janela da saudade que se abria;

E fiquei a mirar a calçada de minha vida,

E, já distante, pude ver o vulto que seguia.

Na cabeça levava um boné, e vestia japona,

E buscava no saber o mais valioso legado

Na imensidão eu tinha o céu azul coma lona,

Que contrastava com meus sonhos dourados.

Sobre a janela da saudade que se abria,

Pude ver a inesperada névoa que encobria

O vulto daquela criança alegre e travessa;

Percebo que da criança que vestia japona,

Que usava boné e tinha o céu azul como lona,

Restam os grisalhos... Boné branco na cabeça.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 13/05/2009
Reeditado em 23/05/2009
Código do texto: T1592477
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