BONÉ BRANCO
Debrucei minha alma...Ainda adormecida,
Sobre a janela da saudade que se abria;
E fiquei a mirar a calçada de minha vida,
E, já distante, pude ver o vulto que seguia.
Na cabeça levava um boné, e vestia japona,
E buscava no saber o mais valioso legado
Na imensidão eu tinha o céu azul coma lona,
Que contrastava com meus sonhos dourados.
Sobre a janela da saudade que se abria,
Pude ver a inesperada névoa que encobria
O vulto daquela criança alegre e travessa;
Percebo que da criança que vestia japona,
Que usava boné e tinha o céu azul como lona,
Restam os grisalhos... Boné branco na cabeça.