Os Maltas
As pedras em meu retrato...
São cortantes como quilhas;
As margens daquele ‘strato...
Vão se afundando nas ilhas.
Catervas ao fundo!... Quando
As fantasias — mais altas...,
Manteavam-me um comando...
Era preso pelos maltas.
Enterravam minha cultura...
Co’ uma estranha criatura...
Que fazia u’mor escarcéu!
Quantos rituais..... Sofria!...
Talvez..., para ver se eu cria,
No Senhor — que habita o Céu!
Paulo Costa
Abril de 2009.