Soneto democrata
Com perdão dos senhores, estou vivo,
E assim vivo estarei no fim do mundo,
Eu, tão ágil, ardoroso ser fecundo,
Tenho a honra de ser cidadão ativo
Um pacato e honesto brasileiro,
Democrata, de índole agradável,
Sou gentil, cordial e até afável,
Um amante de esportes domingueiros.
Mas fascistas, detesto, violência,
Assassinos, conspurcam o meu país,
Com “pureza” que fede e também cheira,
Não tem “raça”, ou a graça, paciência,
Uns obesos, são brutos, sem raiz.
E eu quero fazer: paz brasileira.