Que Valha-me o Engano!

E se pensasse eu de modo alheio?

Quantas vezes veria teus cabelos;

Teu odor que vaga brando entre pêlos

E o tracito arrebol que jaz teu seio?

Mente minha pede modos sem tê-los.

Corre mais que a vida e não tem freio.

A ela, importância nula é o meio

Onde vastam meus delírios - apelos:

Se d'outra forma sou e me arrependo,

Quero, sim, que me ocorra de súbito

A gana a ver de ti sóbria ação!

Ah...E se tu tens, vou me corroendo

A pedir que amputes este meu cúbito

Para que à vida eu não aponte razão!

Preto
Enviado por Preto em 12/05/2009
Reeditado em 12/05/2009
Código do texto: T1589458
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.