Soneto ao fim do dia
Saudades das conversas nas calçadas
Suspiros ao portão... Olhar do amado...
As mãos dele nas minhas entrelaçadas...
O brado dos guris, em mim cravado
Quando à tarde suspirava o vento
Em lânguidos beijos ao fim do dia...
Esses tempos nascem-me ao pensamento
Agora que a tarde me morre fria!
Inda ontem, em plena fantasia
Ergui meus olhos sobre a cidade
De meus pais (e de minha mocidade)
Era linda! O sino na igrejinha
A reza... O namoro na pracinha...
Recordação de um tempo, que me guia...