Dança cigana
Sob os belos dedos, as castanholas tocam
Vibrantes os violinos a gemer plangentes
Atrás das árvores, olhos espreitam e choram
São bolas iluminadas pela lua indecente.
Negra mantilha distrai olhos alagadiços
Vibra a fogueira, o reflexo é ardentia
Baila a sevilhana ... desejos insubmissos!
No ritual da dança freme a poesia.
O tilintar das pulseiras marca o ritmo
Sem amarras, o olhar feiticeiro, é convite,
Atiça o amor sem fronteiras e guia...
Ao som flamenco, liberto o gitano chora.
Revela a alma no ritmo da parceira
Jorra a saudade da sua Andaluzia!
*Fátima Mota*