Desejo

Desejo

Desejo com a força dos vencidos,

de quem bravo lutou, e, ainda assim,

o destino e seu muito insondável

desígnio, sequer a morte poupou,

sequer a sorte, esta insana,

traiçoeira e desafortunada,

leal e mal-fadada companheira,

de a morte ser breve, leve e concisa,

de a lembrança perder-se, e, ainda,

que gerações desconheçam tal sina

e amaldiçoem a própria vida,

desejo assim, com tal zelo e intento,

não te perder, nem jamais me esconder,

mas nunca mais te amar como eu te amei!

Adriano Dal Molin
Enviado por Adriano Dal Molin em 19/05/2006
Código do texto: T158634
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