Confissão

Meus versos são leves como pétalas,

Falam de coisas pequenas do meu dia,

Falam de flores, sonhos e jardins,

Falas de sonho, quimera, fantasia.

São leves meus versos.

Flutuam no ar, tênue fumaça!

São miragens loucas a dançar

No árido deserto que me abraça.

Só, canto ventos, flores e saudades,

Só musica, fumaça, cheiro de alecrim

Nesses versos românticos, suaves,

Que não dizem nada, tão vazios!

Versos que me ocultam porque sou covarde,

fico a flutuar e não mergulho, em mim.

Joana de Barros Mendes
Enviado por Joana de Barros Mendes em 10/05/2009
Código do texto: T1585808
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