SONETO n. 69

MAR DE SONS

De todo o silêncio, fez-se o pranto
carregando o cansaço que desliza,
posto que é tanto esse desencanto,
que sempre prende...e me tiraniza.

Ele desce como um denso manto,
toma uma forma meio imprecisa,
enche-me de pânico e de espanto,
e quase esqueço que sou Poetisa.

Fora eu a Pitonisa ou outro Arcano,
faria algum rito em sagrado templo
e, sem engano, afrontaria o profano:

Em belas cores pintaria o universo.
e, sobre tudo que agora contemplo,
derramaria o som do mar no verso!


Silvia Regina Costa Lima
5 de maio de 2009







Poeta Jacó

pelo tanto que admiro sua obra e sua avaliação,
vou colocar dentro o seu comentário - porque ele
me fez chorar.
Fiz meu primeiro soneto (Antes) em 18/05/2008
sem nunca haver imaginado que eu faria um algum
dia, pois sequer gostava muito de sonetos. Errei
tudo em "Antes", mas prossegui, meio atrevida que
sou. E quando leio isto que me disse, sinto-me
feliz.
Vc iluminou minha noite:



Jacó Filho

 
Magnífico soneto Silvia Regina,

certamente o mais lindo que li nos ultimos tempos,

incluindo os meus...

Parabéns!

E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...



E este do querido trovador, pois ainda
não tinha recebido esta qualificação:

 
Aimberê Engel Macedo

Um soneto espetacular, quase cinematográfico...

bjs
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 08/05/2009
Reeditado em 22/09/2021
Código do texto: T1583460
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