Minha Sorte
Se me ponho insólito ao que é externo
Se me entrego a abstratos pensamentos
É só porque, eu revivo um vil inferno
Em uma vivência de mil tormentos
Também não me veja um ser interno
Reduzido a uma vida rumo ao vento
Pois ainda vejo a cor de um terno
De um obreiro em andamento
Apesar de tudo, estou em paz e sã
E liberto das verdades de um doutrina vã
Que me promete uma vida após a morte
Da morte nada sei, dela não sei de nada
E não vai ser as verdades da escrita encantada
Que ditará as esferas de minha sorte