FIM DO DIA

A lua brinda o sol no fim da tarde.
No véu da noite fecha-se a cortina
Encerra a cena o dia que termina,
Cai no horizonte o sol que já não arde.

O badalar do sino é como alarde
À multidão. Na rua desatina
O caos. Engarrafado, o homem buzina
Grita, acenando num gesto covarde.

É a fúria urbana, o insano carnaval
Do tempo contra o homem em euforia,
Entregue ao caos, em meio a essa agonia.

É a selva do moderno homem animal
Que no meio desta falsa alegoria
Não vê um por do sol no fim do dia.


 
LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 05/05/2009
Reeditado em 04/11/2013
Código do texto: T1578074
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