VELHO CAMINHO

Essa estrada que vai e não volta,
sem escolta, por ela eu prossigo.
E o perigo que traz a revolta,
não me solta das mãos do inimigo.

Não consigo vencer esse escuro;
asseguro que tenho tentado...
De que lado virá quem conjuro?
Inseguro, recebo o legado,

de um passado que não foi escolha!
Cai na folha, palavra, e não tolha,
essa bolha que cresce no ar,

pois sonhar ainda é velho caminho
e, adivinho, não posso sozinho,
esse espinho, que dói, arrancar.

Nilza Azzi


nilzaazzi.blogspot.com.br